Quadras de Badminton Kura Kura / IBUKU + Studio Jencquel

Curadoria de Hana Abdel

Arquitetos: IBUKU, Studio Jencquel
Área: 300 m²
Ano: 2016
Fotografias:Tommaso Riva

Descrição enviada pela equipe de projeto. O conceito inicial para construir Kura Kura começou com o Studio Jencquel como parte de um empreendimento imobiliário maior que eles desenvolveram (Rumah Hujan Estate). O estúdio possuía um terreno livre que ficava perto da rua e não era utilizado para “quartos”. Nele, viram a oportunidade de construir algo que também criaria uma barreira ou amortecedor entre a rua e as áreas de convivência da propriedade.

O terreno era pequeno demais para uma quadra de tênis, então, Maximillian Jencquel decidiu criar uma quadra de badminton. É um esporte nacional na Indonésia e todas as crianças aprendem a praticá-lo na escola, pois há um nível profissional muito competitivo no país. Sem nunca ter praticado o esporte, ele começou a pesquisar e entender os condicionantes de uma quadra profissional.

Quadras de Badminton Kura Kura / IBUKU + Studio Jencquel - Fotografia de Interiores, Viga, Arco — © Tommaso Riva

Entre eles estava a forma da estrutura em relação ao voo do volante (peteca). A trajetória é parabólica e precisa de um vão de altura mínimo de 9m, que é bastante alto. Maximillian Jencquel não queria um volume que se destacasse da vizinhança como uma caixa alta, então, a forma da trajetória do volante parecia ser a escolha óbvia. Isso significava que o volume teria curvas arrojadas.

Embora muitos materiais possam ser considerados para construir tal forma, a escolha óbvia em relação à orçamento, tempo e localização geográfica era usar bambu. Elora Hardy de Ibuku, uma boa amiga do estúdio, foi abordada para projetar uma estrutura seguindo esses requisitos. Foi então que a equipe IBUKU surgiu com a forma principal.

Os dois escritórios colaboraram na escolha do bambu, com o objetivo de contrastar o bambu preto com o claro. Enquanto a IBUKU projetava a estrutura, o Studio Jencquel estava envolvido no processo de tomada de decisão, incluindo estender as linhas do telhado para quase tocar o solo e impedir que os ventos dominantes entrassem na cobertura, enquanto ainda mantinha a circulação de ar necessária permitindo que o calor saia da estrutura.